Trata-se de uma espécie de prestação de contas, da vida de um menino, que sonhou, um dia em trabalhar em Rádio e fazer tudo o que lhe desse na "telha". Sonho realizado devido a sua persistência em estar sempre perto do ambiente radiofônico, e lá já se vão meio século. Poderia dizer: uma vida. As suas "histórias" são contadas aqui.
TODAS RAINHAS E SÓ UM REIS
sexta-feira, outubro 13, 2006
O fáto deste sentimentalísmo se deve a admiração pela Argentina
y al tango, Polaco Goyeneche, Pichuco, Horacio Salgán, Florel Ruiz, Edmundo Rivero, Osmar Maderna, Francini y Pontier, y tantos mais, sin hablar de Gardel, Le Pera, Libertad.
Certamente, não poderia deixar de lembrar: Labruna, Moreno, Pedernera, Sastre, Distéfano, Maradona y quantos outros.
Houve um tempo em minha vida, que sómente escutava as Rádios El Mundo, Belgrano, Splendid e seus famosos programas como:
Bailable Palmolive, Glostora Tango Club, com Alfredo D'Angelis, Felipe, com Luiz Sandrini, os ídolos do folklore como: Los Charchaleros, Los Tuco Tuco, Noel Guarany, Don Atahualpa. Quanto saudade dos programas ao vivo dessas Rádios famosas e de seus admiráveis astros.
Como estão notando, escrever para REVISTAPPP.COM.AR têm o significado de um eterno reencontro com o passado, ainda hoje vivo dentro de mim.
Para acompanhar o texto é só clicar no link abaixo:
http://revistappp.com.ar/colglenio2.html
Para continuar, clicar logo abaixo da foto de Pedro Amorim: "virar a página"
Meus agradecimentos ao amigo brasileiro e profundo conhecedor do tango, Rogério de Moraes, que fez a versão do texto para o hespanhol.
terça-feira, outubro 10, 2006
Coube a mim, honradamente, ser destaque neste edição de sua apreciada revista eletrônica.
segunda-feira, outubro 09, 2006
ACOMPANHEI O CRESCIMENTO E O INTERÊSSE QUE DESPERTOU, QUANDO TUDO ERA AINDA APENAS UMA APOSTA. MAS, A GAROTADA PEGOU FIRME NO DESENVOLVIMENTO DA IDÉIA E O SITE OBTEVE O TÃO GRATIFICANTE RECONHECIMENTO DA PARTE DE UM GRANDE PÚBLICO.
AGORA, AQUI ESTOU EU NO MEU BLOG, RESGATANDO O QUE ESCREVI NA OCASIÃO:
http://sombrasil.ig.com.br/centralmp3/coluna_glenio_reis.htm (clique aqui))
segunda-feira, setembro 18, 2006
Devidamente pilchadonão, vai rolar muita música crioula e versos de Jayme Caetano Braun pra valer.
Certamente não vai precisar se socorrer no Manual do Churrasco, receitas que estão coladas logo abaixo de seu sorriso "farrapo" - como bom fronteirista que é.
Um certo dia, o índio deu de mão na sua mala de garupa, montou num ônibus de linha e se foi a lá
cria, dando pinote, "ganar algunas platitas" que não conseguiu em seu pago. Deu com os costados em São Paulo, onde é feliz casado com uma "india" paulista mais linda do que maça de amostra.
Agora, com a guaiáca bem forrada, Rubens Jolotujin, é como se chama o xirú-da-informática, têm sua NetRádioEsperança corcoveando de sucesso e o seu blog - Zolotujin.blogspot.com - estourando de visitas, cujos objetivos maiores são os de poder ajudar as pessoas com músicas de mensagens espirituais positivas e informações de auto-ajuda e sociais ELE MERECE !
domingo, julho 02, 2006
AGORA, NINGUÉM LEMBRA DOS PROGRAMAS AO VIVO DOS ANOS 60.
Agradeço esta sua gentileza, bem assim como os PPS, Fotos e Informações Gerais que me envia.
UMA BREVE HISTÓRIA DO TANGO
Transcrito baseado num texto de uma revista no restaurante Tancat de Buenos Aires.
Não há noite em Buenos Aires que não se dance o tango. De 2ª a 2ª feira sempre em algum lugar da cidade sempre ouve-se soar uma melodia com ritmo 2 por 4 enquanto que 2 bailarinos entrelaçam seus corpos. Podemos dizer que existem tantas formas de abordar o tema tango como são as noites portenhas.Desde pistas de milongas até espetáculos de primeiro nível com bailarinos amadores e profissionais sempre dispostos a encarar os passo complexos da dança e também a ensinar seus segredos desta coreografia popular que cresceu e se alimentou da história de Buenos Aires.
O tango nasceu nas margens dos rios e orlas dos cais da cidade de Buenos Aires, num faixa de casarios marginais junto ao porto no fim do século XIX, efervescente de uma mistura de imigrantes recém desembarcados dos navios, vivendo numa região tipicamente portuária.
No começo a dança, tango, era uma coisa de homens. Entre eles dançavam como uma continuação de suas brigas e atritos de "cocheira" e assim solucionando as diferenças. Com este carimbo particular, o tango na origem era rechaçado pelos círculos sociais mais prestigiados. Consideravam uma dança proibida.
Mas a marginalização perdurou até que as mulheres entraram nas pistas e sua presença deu ao tango a categoria de dança sensual e passional o que selou definitivamente seu estilo.
A origem do tango como dança se amparou no Candoble, ao ritmo de tambores que percutiam os escravos negros que chegavam da África. Alguns passos dos dançarinos se detectam a influência dos ritmos da habanera cubana.
A dança basicamente é sintetizada em quatro passos.
O homem sempre começa a dança com o pé esquerdo. A mulher se comporta como o reflexo de um espelho, com o pé direito. O homem é quem sempre tem a iniciativa do controle da dança. Os contatos com sua parceira é feito no enlace a cintura e toques firmes das mãos. O segredo das técnicas individuais se aprimoram com a sedução, com longos abraços dos bailarinos. Os torsos e as cabeças permanecem juntas enquanto as pernas projetam figuras no chão.
Os movimentos sempre acompanham a melodia e no mesmo ritmo como é feito com as outras danças. A direção dos giros sempre segue o sentido dos ponteiros do relógio.
Os bailes tangueiros atuais, seguem os mesmos moldes de décadas atrás. Esta forma de dança é hoje conhecida como tango de salão.
Esta forma de viver o tango sofreu um impasse na década de sessenta quando as orquestras tradicionais cederam os estrados à músicos como Astor Piazzola.
Até àquele momento o tango havia tido outras figuras. Entre elas se sobressaiu, sem dúvida, Carlos Gardel. Uma década depois de sua morte, surgiram os grandes poetas das letras tangueiras; Enrique Santos Discépolo descreveu o caos social em sua "Cambalache" um tango que parece descrever as idiossincrasias argentinas.
Nas listas das grandes letras musicadas dessa época também figura Homero Mariz. As orquestras que mais se destacaram na época, e que incorporaram os novos conteúdos de letras tangueiras destacou-se a de Anibal Troilo e Osvaldo Pugliese.
Foi nos fins dos anos 80 que se produziu uma reavaliação destes conjuntos musicais e com elas atiçou o furor pelo tango por parte da juventude Argentina o que acabou jogando literalmente nas pistas. Dez anos depois, o tango floresceu em nível internacional. Sem dúvida o êxito das companhias de dança argentinas em seus giros internacionais ajudaram este ressurgir Com o conteúdo tangueiro ocorreu algo parecido. As letras do tango que colocavam as mulheres no centro da cena, voltaram a serem revalorizadas com a chegada da jovem guarda que aprendeu com os grandes intérpretes como Roberto Goyeneche. A melancolia da "dor do cotidiano" ou a triste previsão que anuncia e afirma que " o hoje reproduz o meu passado" fazem ecos nos roqueiros, que começaram também a gravar tangos.
O resultado desta fusão refletiu-se nestes tempos em várias bandas de músicos jovens tradicionais com os seus instrumentos eletrônicos, interpretando tango. Entre as novas figuras tangueiras, com a sua voz rouca, destaca-se Adriana Varela e a excelência musical de Rodolfo Medeiros. Se o que se quer ouvir são boas orquestras a recomendação aponta a El Arranque ou a pequena orquestra Reincidentes.
Todas estas correntes confluem simultaneamente nas noites de Buenos Aires a cidade que também tem o seu próprio Campeonato Internacional do Tango, ( de 17 à 27 de agosto de 2006, http://www.mundialdetango.com.ar/index2.php) um evento que congregam dançarinos de todo o mundo Lá se observa os "cortes" e "requebros" com diversas nuances. Uma paixão tangueira é que faz com que este evento seja algo singular e inigualável, não importando de que país se chegue.
quarta-feira, maio 17, 2006
São milhares de eventos em aproximadamente seis décadas atuando pelo interior, Região Sul e países do Cone-Sul. Contratos com Rádio Gaúcha, Farroupilha e TV Piratini e 15 discos gravados, todos bem recebidos e dentro da especialização do conjunto: música para ouvir e dançar. Dia 23 de junho no Círculo Militar, acontecerá um jantar-dançante e a boa nova é de que o jornalista Marcello Campos acaba de concluir livro sobre a história do grupo. A obra anda em busca de patrocínios. Interessados em apoiar o projeto basta clicar em notícia@portoweb.com.br. A foto colorida apresenta os "novos rapazes" de Norberto Baldauff.
PALMAS PRA ELES QUE ELES MERECEM!
Com o aval do sucesso, outras necessidades foram surgindo. Foi quando Norberto Baldauff sentiu que deveria acrescentar: um cantor e um ritmista. Bingo. Na mosca! Na foto, a segunda formação..
CONJUNTO NORBERTO BALDAUFF 53 ANOS DE MÚSICA
Nesta quarta-feira (17), o conjunto de mais longa duração (prováverlmente) em atividade, comemora 53 anos de atividades. Do quinteto, apenas estão atuando, Norberto Baldauff (o primeiro) e Raul Lima, (o terceiro) os demais estão aplaudindo lá do céu.
quarta-feira, maio 10, 2006
O mundo musical de Porto Alegre, familiares, colegas e amigos, ficaram enconsoláveis com a morte do baterista José Barreto Baptista, (deitou e não acordou mais), conhecido como Zézinho, destaque da orquestra de Karl Faust, famoso maestro vinda da Alemanha para atuar no rádio gaúcho. No dia de seu sepultamento no São Miguel e Almas (14), alguns de seus antigos colegas de música, mais chegados, foram levar as suas sentidas despedidasa a ele e seus familiares: Guilherma Braga e esposa, Giovani Berti e esposa, Ruy Barros, Roberto Gianoni, Giovani Porzzio, Sebastião Pereira e este aniversariante que o está abraçando (foto), na festa realizada no Barranco em 24 de outubro de 1997.
QUEM PARTE LEVA SAUDADE DE QUEM...
segunda-feira, maio 08, 2006
A SAT, realizava o Encontro da Bossa Nova e Jazz para angariar fundos para o hospital da cidade.Os músicos e cantores de Porto Alegre garantiram o sucesso. Convidado para animar o encontro, não poderia deixar de aceitar. Foi uma agradável surpresa! Sucesso de público e artistico, comprovando a qualidade dos artistas da capital gaúcha. Mas, a grande surpresa da noite, estava reservada para a presença de um jovem pianista, que pela primeira vez dedilhava as teclas do piano aos olhos atentos dos colegas profissionais. Tão surpreendente foi sua performance, que acabou recebendo a indicação de A Revelação do Encontro. Seu nome: Geraldo Flach, que com o decorrer dos anos, se tornaria uma referência do Estado para o País e eu, acabei padrinho de seu casamento. Viram no que deu o show?
PALMAS PRO GERALDO QUE ELE MERECE!
O cantor Fernando Collares, quando do lançamento de seu CD em Porto Alegre, fez questão de receber o gaúcho honorário, Tito Madi, cuja canção, Rua da Praia de sua autoria, fora incluida em seu disco. Como se não bastasse a sua honrosa presença no lançamento, Tito brindou aos convidados e amigos de Fernando Collares, com algumas de suas famosas canções e acabou convidando a Luiz Mauro (foto) que cantasse com ele. Era de se ver a alegria de Tito, que têm um carinho especial por Porto Alegre e todo o Estado gaúcho. Revê-lo e ouví-lo interpretar suas belas melodias e inspirados versos, (seus grandes sucessos), foi matar a saudade de um grande artista e de um grande amigo. Todos ficaram muito contentes e felizes. O Tito também!
Era mais uma grande noite de carnaval no Petrópole Tenis Clube. Enquanto nossas esposas "ficavam de olho" no que os seus "garotos" aprontavam no salão, o cordão dos puxa saco fervia... e cada vez, aumentava mais. Puxavamos forte o refrão: Chiquita bacana lá da Martinica... Eu ainda inventei uma fantasia de romano, mas o amigo Ivo Freiberg, botou uma camisa floreada e saiu por aí. Eu dava um dedo por um folia carnavalesca. No auditório da Rádio Farroupilha, em plena semana de carnaval, eu
combinei com os cantores, músicos e a direção da Rádio Sequência, que faria um festa, onde apenas às músicas de carnaval seriam cantadas e executadas. Pedi aos cantores que viessem fantasiados e o mesmo pedido fiz para os músicos e locutores. Foi uma loucuuuura! O Pinguinho fantasiado era o tipo mais engraçado que se podia imaginar. Almir Ribeiro (Roncador), locutor do horário com sua voz de trovão, era outra atração. Aliás, os artistas precisavam disso, é que circulava um zum zum zum de que o auditório iria fechar, porque a Rádio Farroupilha estava acabando com seu elenco. Foi uma espécie de despedida dos cantores, músicos, rádio-atores, locutores, animadores (eu), maestros, redadores, contra-regras, um mundo de profissionais. Nunca vou esquecer do abatimento dos colegas. Sucumbia em nome do "progresso" e "modernidade" a Rádio Farroupilha, canal livre internacional, uma das mais poderosas Rádios do Brasil. A "festa" e as fantasias pertencem ao passado, mas a emissora mais popular do Estado, ainda é lembrada com saudade e emoção, como sinal de uma época de ouro
da radiofonia gaúcha. Chiquita bacana lá da Martinica.
sexta-feira, maio 05, 2006
MINHA NOVA PAIXÃO
Brilhando na foto, a netinha Carolina (7) demonstra sua intimidade diante do microfone e flash do fotógrafo. Quem sabe uma comunicadora não será o seu
caminho ou uma publicitária? Só o tempo dirá!
Hoje, Carolina (17), cursa a faculdade de publicidade e propaganda. O registro é do Festival de Encantado e flagrou o Térson Praxedes (diretor de palco), sorridente
e atento ao bate papo pela Gaúcha, da neta com o avô.
Se há alguma recompensa significativa em minha vida profissional como homem de rádio, esta está ligada diretamente às amizades e considerações, recebidas durante os anos em que realizei a cobertura dos eventos da cultura gaúcha. Foram muitos festivais, festas, desfiles, concursos, bailes, gineteas e tanto mais. Conheci tantas querências, antes nunca imaginadas e em cada uma delas, fiz e deixe queridas amizades, que perduram ainda hoje, felizmente. Um saldo altamente positivo para quem nasceu urbano, mas vibrando ao sentir se revelar em suas veias, a gigantesca força terrunha vinda de seus queridos pais: João (Cachimbinhas e Carolina (Bagé). Minha alma gaudéria, nasceu, certamente, do ventre da pampa. Sou um misto de homem urbano-campeiro, daí a facilidade com que assimilei com naturalidade, toda uma cultura que permanecia adormecida em mim. Dou graças a Deus por tê-la reencontrado nas minhas andanças pelas querências, afora. A imagem da medalha aqui estampada, a do Mérito Literário Aureliano de Figueiredo Pinto, diz bem do meu sentimento de gratidão a Associação dos Pajadores e Declamadores e a seu presidente, Moisés Silveira de Menezes, que me honraram com tamanha distinção em 30 de janeiro de 2004. Viva o Rio Grande!
terça-feira, maio 02, 2006
A maior referência do rock-tupiniquim surgida no Brasil nos anos 60, chama-se Liverpool, dos rapazes da Vila do IAPI. Dava gosto de se ouvir a sonoridade brasileira, explorada pelas guitarras, baixo, bateria e os lamentos de vocalizações do solista, Foguetti. Fui testemunha de seu surgimento e projeção, eis que tinha um programa na Televisão Gaúcha, Canal 12, GR-Show, onde Liverpool surgiu para se tornar uma unanimidade no Estado. Um festival nacional estudantil realizado em Porto Alegre, dispertou a curiosidade do país e revelou um moço tímido chamado Carlinhos Hartlib, autor e intérprete da composição, Por Favor Sucesso, defendida com brilhantismo pela Banda e Carlinhos. Na finalíssima no Rio de Janeiro, o Liverpool já tinha sua carreira decidida, pois havia sido contratato pela gravadora Equipe e ficaria para sempre longe de sua terra natal.
Ao alto vê-se a contra-capa de Lp do Liverpool, cujo texto assinado por mim, comprova o meu envolvimento emocional com a rapaziada, cuja cabeça empresarial, obedecia o comando do meu amigo, Jorge Salim Allem, de saudosa memória, certamente. Depois o Liverpool virou Bixo da Seda, mas esta é outra história. Muitas outras serão reveladas aqui.
No texto da contra-capa do LP do Liverpool (ao alto) escrevi o seguinte:
"Tudo começou de repente..., como num conto de fadas. Primeiro, as apresentações em clubes - salve o tio Dante! - depois os shows na Televisão - saravá Ibanez Filho! - logo em seguida, a participação e conquista de II Festival
Universitário de MPB - buenas índio vago Carlinhos! - em que atuaram, O Bando, Joyce, Nana e Danilo Caymmi, Rogério Duprat e tantos outros nomes famosos.
Surgiram as primeiras fotos e reportagens nos jornais, enfim, as manchetes - abenção Melinho e Osvil Lopes - e
por último, uma lembrança daquele que tem mil horas de vôos espaciais por estas Galáxias de Deus, o internacionalmente conhecido, Peixoto Primo. Com ele, veio o convite da gravadora Equipe, então aí tudo ficou mais que de repente, tão de repente, que nem o próprio
Cadaxo acreditava. A viagem, o estúdio e o horário para a gravação do Lp já haviam sido marcados, agora é só encilhar o pingo, bolear a perna, dar adeus a chinoca e partir rumo à Guanabara. Ver outra gente, gente boa, amiga, gente brasileira. que sabe ser gente como nenhuma outra gente. As músicas do Festival Universitário são gravadas também de repente, mas o compacto não pôde ser lançado, porque "Por Favor, Sucesso", a vencedora, participaria de um outro festival, o Internacional da Canção. As emoções e conquistas vão-se empilhando. Que fazer diante de tanta coisa inesperada e tão de repente meu Deus?!!! Agora, o Cadaxo, que já viu tudo de perto, acreditava e ordena este Lp com o Liverpool, que não é apenas o resultado de um som, mas é, isto sim, a soma de cada um de seus integrantes, onde a busca de liberdade total de sua música, possa fazer com que êles se comuniquem com os jovens - como eles - deste imenso planeta. O som tem de ser livre, livre como vocês, guascas machos de um LIVERPOOL aberto, grande, universal!!! De repente, Mimi - guitarrista solo - Edinho - bateria - Marquinho - guitarra base - Foguete - cantor - e Pepeco - baixista - ficaram mais do que de repente, famosos. Casaram e tiveram muitos liverpoolzinhos lá pelo ano de 2001. Em tempo: turco Salim - grande sábio e profeta do oriente - vamos deixar o kibe pra outro dia, agora o negócio é só mastigar a "bolacha preta", pois o Américo garante o sucesso dos garôtos.
GLÊNIO REIS - Produtor de T.V.
segunda-feira, maio 01, 2006
Dava gosto de ver a gaúchada pilchada, tocando, dansando e cantando a nossa música regional. Cada fim de semana, uma cidade diferente, novas amizades e revelações de belas canções, que se consagrariam nas vozes de nossos melhores intérpretes e músicos.
Entre os melhores que conheci e de quem me tornei amigo, além de admirador, foi César Passarinho, uma voz marcante e inesquecível. Sentimos saudade do seu cantar nostálgico e sofrido; faz-nos falta vê-lo no palco, usando o lenço vermelho no pescoço e no alto da cabeça a clássica boina branca, inseparáveis companhias nas grandes noites de apresentações artísticas. Ei-lo no centro da foto, tendo a sua esquerda o paulista mais gaúcho que conheço, Antônio Carlos de Barros (Sorocaba) e a sua direita, o responsável por este pelo Blog. A boa gaúchada amiga, de tanto me ver pilchado a moda povoeiro, foi rapidamente me presenteando com autênticas pilchas, para que eu ficasse com jeito de homem campeiro. Élton Saldanha me deu uma belíssima bombacha feita pela dona Tamires, sua mãe;Telmo de Lima Freitas me deu um chapeu bicudo (me assustei quando me olhei no espelho); Antônio Carlos de Barros, as alpargatas; ganhei do Binha, uma boina verde; Glênio Fagundes, chaveirinhos com motivos do Rio Grande (sela, estribo, laço, mango, etç); Elma Sant'anna, uma flamante faixa, João de Almeina Neto, um facão pra botar ladrão pra correr e por muito pouco, não me largaram no lombo de um bagual xucro. Dei graças a Deus, pois a única coisa que sempe gostei de montar é no meu 4 rodas 1.6 e olhe lá, em dia seco, de pouco transito e assim mesmo, sómente de dia!
SAUDADE DO CARDEAL DOS GAÚCHOS
sábado, abril 29, 2006
Anos depois no cine Imperial em Porto Alegre, anunciavam uma temporada de tango com grandes nomes da música portenha, entre eles o de Edmundo Rivero. Oba, fui comprar rapidamente os ingressos... O nome de Rivero vinha sempre em destaque, mas na foto de promoção do grupo, eu não via a figura de Rivero.Fiquei invocado e resolvi olhar o programa do show e lá estava: Edmundo Rivero (h). Este "h" quer dizer: "hijo". Isso não pode acontecer comigo outra vez..., e em minha casa!! Botei a boca no trombone na Rádio, alertando para o engodo. Agora estou pensando ir a Buenos Aires para hablar con Salgán antes que seja tarde demais.
sexta-feira, abril 28, 2006
Eu era feliz e sabia muito bem os pais que tinha. Dona CarolinaTanger dos Reis (Bagé), foi uma mãe exemplar. Ainda não me conformei com a sua ausência. Era uma bageense de personalidade e extremamente musical. Herdei dela a paixão pela música. Era uma brava. Gostava de defender os mais fracos, se duvidassem, saia no braço. Seu João dos Reis (Cachimbinhas) era um pai dedicado, amigo sem ser grudento. Extraordináriamente honesto. Um homem de palavra, de coração aberto. Se compadecia dos necessitados e não sabia dizer "não" para para quem lhe solicitasse um favor. Um generoso.Quando penso nele de imediáto às lágrimas cobrem meus olhos. Meu pai partiu (83) anos e minha mãe aos (94) anos. Tinham temperamentos bem diferentes. Viveram juntos até os momentos finais de suas vidas. Acho bom parar por aqui, porque a saudade e emoção começam a fazer com que meu coração começe a disparar.
DONA CAROLINA E SEU JOÃO MINHAS ETERNAS SAUDADES
Um registro de saudade marca o instante em que eu entregava o troféu de melhor apresentador de programas gauchescos a Darcy Fagundes, que tinha como companheiro de palco, Luiz Menezes.
O troféu foi uma homenagem da Revista TV, idealizada por José Braz de Oliveira, para destacar
as atuações dos radialistas durante o ano.
O programa Grande Rodeio Coringa, de todos os domingos à noite, batia todos os recordes de audiência, assombrando as emissoras de todo o Brasil. Quase cem por cento! Um fenomeno até hoje insuperável. A fórmula era simples: todos pilchados, um animador e declamador (Darcy), o parceiro, poeta, músico e cantor (Luiz); concurso de trovas, gaiteiros, calouros e os artistas consagrados da música regional. Desde cedo, uma multidão fazia volta na quadra para assistir o programa no auditório na rua Siqueira Campos.
terça-feira, abril 25, 2006
Com este meu Blog, pretendo revelar alguma das melhores experiências porque passei, nesta longa caminhada de minha vida como homem de Rádio e Televisão.
Foram-se os tempos de estudos, balconista no Mercado Público, funcionário do Deal, vendedor de porta-em-porta, represente comercial, proprietário de bar noturno, Choppança e promissor aluno da arte de representar.
Fui nadador medalista, fiz teatro amador, atleta amador do Grêmio, auxiliar de Foguinho na categoria de base do nosso Grêmio, onde aprendi tudo o que penso saber em materia de futebol. Foguinho (Osvaldo Rolla, foi meu mestre e ídolo), inesquecível, com quem tive momentos gratificantes, vivos até hoje em minha memória e coração.
Comunicador, especialização que escolhi desde guri, muito
me orgulha. Creio já ter falado sobre isto em outro post. Tenho uma família que só me dá felicidade e uma paixão pelo meu trabalho, doentia. Para concluir: só peço a Deus, que deixe a vida me levar enquanto eu puder falar, pensar e andar. pensar e falar.
NADA É MAIS REAL DO QUE TUDO AQUILO QUE EU CONTO E ESCREVO AQUI. PODE CRER!
quinta-feira, abril 20, 2006
Nele, eu fazia cada louuucura, que hoje me arrepio todo ao lembrar. Eu era o balconista-disc-jockey e apresentava as novidades, mostrando as capas dos LPs e fazendo meus comentários. Houve um dia em que destaquei o Lp de Cely Campelo, cujo sucesso era "Banho de Lua". A camera abre na foto de Cely, que era uma bonequinha. Ouve-se a voz da cantora e mas quem aparece sou eu, vestido de mulher, com cabelos longos, baton nos lábios, sobrancelhas exageradamente marcadas e tudo mais, dublando e imitando grosseiramente a cantora. Um escandalo de mulher. Mas meus colegas, no estúdio, se mijavam de tanto rir das minhas palhaçadas. Hoje acho que nasci palhaço e poderia fazer parte do grupo do Didi ou do saudoso Carequinha.
quarta-feira, abril 19, 2006
Estamos nos anos 60. A Televisão Gaúcha, Canal 12 me contrata para animar o programa GR-Show de todos os sábado das 14 às 18h, ao vivo, com os valores locais e com uma grande atração a cada fim de semana. Foi um milagre! Auditório lotado completamente. A direção da estação resolveu abrir as
grandes portas que davam acesso ao prédio, afim de atender os clamores da multidão que não consegui lugar. Até um grande monitor foi colocado na parte externa do prédio para que, o povo na rua, pudesse acompanhar as atrações.Todos os grandes nomes da música marcaram presença no programa. Um sucesso, realmente! Uma de minhas decisões, foi formar um grupo instrumental para animar o show. Seleção de músicos realizada, o Conjunto GR-Show ficou assim, conforme a foto: Vinícius (bat) - Mário Tonti (p) - Valdomiro (bx) - Clayton (g/voz) - Hélio (tb) - Ramiro (t) - Samir (s) e Carlos Augsto (voz).
Foi tamanho o sucesso da rapaziada, que não havia data vaga para atender os convites de bailes das sociedades locais. e do interior. Uma grande gravadora de São Paulo, tentou contratar o GR-Show para a gravar um Lp só com sucessos internacionais. Era o reconhecimento do grupo ultrapassando as fronteiras do Rio Grande. Deixou saudade junto as gurias, principalmente.
FOI O TEMPO DA PRODUÇÃO LOCAL SEM AS REDES.
terça-feira, abril 18, 2006
Disc-jockey cruxificado solenemente na prateleira de discos da discotéca da Rádio Farroupilha.
Foi o castigo que o ele mesmo preferiu, desencarnar no Monte dos Discos. Não abriu mão dessa decisão, nem por ouro e nem por prata. A foto correu tôdas as provincias e foi chegar as mãos do "senhor" que achou uma montagem sem originalidade, um grosseiro plágio do irreverante jovem.
O público adorouuuu, chamando de lindooooo o disc-jockey da PRH-2. Uma loucuuuura!
Renato Cardoso, então diretor da TV Pitatini me transformou no primeiro repórter esportiva de televisão no Rio Grande do Sul. Reparem o tamanhão do microfone. Gessy era o meu entrevistado e o maior craque da posição até os dias de hoje, num julgamento todo pessoal. Era dia de Gre-Nal.
Reparem na foto, que o estádio não estava concluído e ainda não existia a parte superior, inclusive,
nem se chamava de Olímpico.
Na TV Piratini, eu tinha um uma lojinha de discos onde fazia o meu programa, Falando de Discos. Um disc-jockey meio aloprado que dublava os cantores e fazia palhaçadas. Mas também tinha coisa séria, os momentos com convidados ao vivo. Como associado que eu era, trabalhava na Rádio Farroupilha, onde animava aos domingos, após os jogos de futebol, o programa Rádio Baile Mesbla, "danse e não se canse", das 18h às 19h. Os ouvintes telefonavam e pediam a música que gostariam de dansar e eu atendia, depois de um papo com o ouvinte, até que o disco fosse localizado pelo auxiliar da discoteca e posto a rodar. O programa era feito diretamente da discotéca. Naquele tempo os rapazes e as gurias, faziam reunião dançantes em suas casas, daí o sucesso do programa; animava a Rádio Sequência, programa ao vivo, no auditório a Rua Siqueira Campos em frente a velha paineira, de segunda a sexta feira e um programa de estúdio de segunda a sexta-feira, tão logo terminasse mais um capitulo de novela. Têm mais: era o responsável pela discotéca e pela programação musical (discos) nos horarios em que não existiam programas ao vivo.
BONS TEMPOS AQUELES ONDE O RÁDIO ERA A NOSSA TV DE HOJE.
Já taludinho me associei ao clube do meu coração. Jogar de futebol nunca passou pela minha cabeça. Eu era mesmo um grande perna-de-pau. Mesmo assim, não perdia os treinos do Grêmio na velha baixada. Não tinha conciência de planos táticos, porém, já sabia distinguir o cabeça-de-bagre do bom
ou futuroso craque. Assim, os anos foram passando e eu levando minha vida entre o colegio, as "peladas" da várzea e os treinos. Fui formando meus conhecimentos, até que me vi (já arrastando as asas pro lado das gurias), na sala onde o meu ídolo Oswaldo Rolla fazia a preleição e plano tático ao seu elenco de jogadores. Foram anos de santa-aprendizagem, graças a amizade surgida,
curiosamente, com o seu Foguinho. Agradeço a ele tudo o que penso que sei e aprendi no plano tático e técnico, merecendo dele o elogio de possuir o chamado "olho clínico". Sob seu apadrinhamento, dirigi o juvenil do Grêmio em algumas partidas amistosas recebendo elogios pelas tomadas de decissões no transcorrer dos jogos. Foi uma fase linda em minha vida a descoberta de como liderar um grupo de pessoas e obter delas a confiança de suas determinações. Meu Grêmio hoje é conhecido no Universo e isto muito me orgulha e me trás recordações das mulheres que me forjaram um gremista de verdade. Não faz muito tempo, recebi homenagem do Grêmio, em que estampa minha. Apesar de "calejado", muito me emocionei e me senti honrado.
"SOU DO TEMPO EM QUE O FUTEBOL ERA CONSIDERADO UM ESPORTE E QUE OS ADVERSÁRIOS ERAM APENAS ADVERSÁRIOS E NÃO INIMIGOS".
domingo, abril 16, 2006
nasceram para qualificar ainda mais o gênero número um do povo brasileiro.
Lamentavelmente, JN partiu para a grande viagem sem retorno, sem ter deixado sequer gravado, ao menos, um único CD. Seus discos, na totalidade, foram lançados exclusivamente em LPs. Não seria o caso de homenageá-lo, relançando através do disquinho seus melhores trabalhos ? Seria uma boa, não ?
(N) 12/11/1941 - (M) 5/6/2000
Estou realizando um antigo projeto pessoal, que é o de prestar contas (ao meu tempo) de tudo aquilo que realizei e que ficou registrado em minha memória (ainda lúcida), felizmente, antes que ela se apague. O que fiz de bom é relevante. Pensei em escrever um livro com minhas memórias, mas acabei desistinto (têm quem não concorde), porque sou uma nuvem passageira (como diz a canção de Hermes Aquino), e nada do que fiz, foi para o bem da humanidade. Mas, mesmo pensando assim, vou colocando a disposição de quem quiser, algumas recordações importantes (para mim), que me orgulham pelas pessoas que nelas estâo.
Digito este texto ao completar 50 anos de comunicação como radialista. Uma grande honra. Agradeço a todos os colegas e diretores, que entenderam meu jeito de ser e de fazer Rádio. Acima de tudo, agradeço a minha família por compreender e apoiar o filho único de seu João e de dona Carolina, cujo amor desmedido pela sua profissão fez com que todos se sentissem homenageados e orgulhosos do "Alô Mamãe"!
sexta-feira, abril 14, 2006
Ai está O Cara, todo sorridente. Foi uma noite especial em que me presentearam com uma lindíssima placa de prata no Dia da Imprensa.
Trata-se de um distinção que emociona. Esta homenagem por tanto, faz parte de minhas conquistas mais afetivas e não teria palavras para dizer de minha inequivoca felicidade.
Lá estava eu entre tantos colegas brilhantes, posando para a foto
que estampa esta recordação. É sempre gratificante receber o reconhecimento de colegas de imprensa. Certamente, a placa que vemos em minhas mãos, está agora, num pequeno cenário ao lado de outras que enfeitam minha carreira profissional.
Le Club, famosa casa de shows, de Salim e Fernando Vieira. trazia a Porto Alegre, o cantor nascido em Livramento/RS, Nelson Gonçalves, e o apresentava a imprensa da capital. Em meio a entrevista, sugeriram ao cantor, a gravação de um Lp exclusivamente com as melhores canções da música gaúcha, a exemplo do que Gardel fizera interpretando tangos campeiros, pilchado a maneira "gáucha". A recusa foi imediata, sob a alegação de não se tratar de um disco comercial. Que fazer? Nelson apenas nascera aqui, mas suas raízes estavam longe do Rio Grande. Foi uma decepção geral. A homenagem a "seu" povo, nunca mais! O verdadeiro nome de Nélson é Antonio Sobral Gonçalves. Nélson se deveu ao fato de ser mais artístico. (N) 1/6/1919 - (M) 18/4/1998.
(N) 3/10/1915 - (M) 7/8/1978
A foto registra a visita que Orlando Silva fez ao meu programa na Rádio Farroupilha. O Cantor das Multidões disse que não costumava caitituar suas gravações. Que sómente foi ao meu programa, porque lhe disseram que eu era seu admirador. Mostrei-lhe uma antiga revista em que se lia abaixo de sua foto: "Ao meu grande amigo, Glênio Reis, com amizade e todo o reconhecimento de Orlando Silva". Seguia-se a assinatura do cantor. Quando o Orlando viu a dedicatória e a sua assinatura, ficou com os olhos marejados de emoção por ter reconhecido, que a assinatura não era a sua, nem a dedicatória. Fui eu quem as falsificara há muitos anos passados, antes de sua visita ao meu programa.
Minha primeira visita a antiga Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foi completamente acidental. Não era meu projeto naquele momento ir conhecê-la. Estava de taxi quando o motorista ligou o rádio e o locutor anunciava a atração: o programa de auditório, Manoel Barcellos, com as presenças dos maiores ídolos da música brasileira. Pedi ao motorista que ele voasse para a Nacional. Lá chegado o auditório estava apinhado. Não cabia mais ninguém. Dei uma cantada no porteiro dizendo que era do sul e que estaria regressando na manhã seguinte a Porto Alegre. Ele educadamente me fez entrar. Foi nesse dia que conheci pessoalmente, Orlando Silva. Fui tão convincente no meu blablablá com o Cantor das Multidões, que acabei sendo convidado por ele para almoçarmos juntos: Orlando, sua esposa e eu. Imaginem a minha satisfação! Orlando pediu para mim, um polvo bem caprichado com tudo mais que tinha direito o bicho feio-do-mar. Fiz um baita fiasco que até hoje morro de vergonha. Eu mordia e mordia o desgraçado do polvo e não conseguia triturar a sua carne, que mais parecia de borracha do que de peixe (prato caríssimo). Orlando volta e meia perguntava: "como é gaúcho, tá gostando?" Eu dizia que estava maravilhoso! Quando o casal conversava e se distraia, eu colocava a mão na boca, retirava o polvo e colocava nos bolsos da calça, disfarçadamente. Enchi os dois bolsos com o desgraçado do polvo.Eu não podia fazer fiasco na frente de meu ídolo, tinha de deixar o prato limpo, não deixar sobrar nada. Antes de me despedir e agradecer pelo excelente almoço, fui ao banheiro onde joguei fora o maldito do polvo (nunca mais), limpei os bolsos e retornei a mesa. Apesar deste contratempo, o almoço foi um sonho nunca imaginado: Orlando Silva, Lourdes e eu. Foi bom demaaaais!